Texto por Colaborador: Redação 07/11/2025 - 05:00

Sebastian Kehl está vinculado ao Borussia Dortmund há 24 anos. Mas o temor que o persegue não tem relação com sua posição profissional – está ligado ao seu papel como pai.

A expressão "o futebol é um negócio de ritmo acelerado" traduz bem a dinâmica do dia a dia nesse meio. Equilibrar a vida de executivo com os compromissos familiares representa um desafio enorme, conforme revelou o diretor esportivo do BVB, Sebastian Kehl.

Kehl admite chegar ao limite

Durante participação na mais recente edição do podcast Spielmacher Fußball, apresentado por Sebastian Hellmann, o dirigente do Borussia falou abertamente sobre o medo de que seus filhos possam, um dia, considerá-lo um pai ausente. Ao comentar sobre a difícil conciliação entre trabalho e vida pessoal, ele declarou: "A gente se divide um pouco, porque tenho três filhos e eles também querem e precisam de atenção".

Para o dirigente de 45 anos, administrar a vida familiar enquanto cumpre suas obrigações profissionais junto às diversas equipes do clube é uma tarefa de grande magnitude.

O diretor esportivo reconhece que, em sua vida particular, já ultrapassou seus limites "algumas vezes". Ele se questiona constantemente: "Quantos aniversários dos meus filhos eu realmente vivenciei? Em quantos estive presente? Não apenas fisicamente, mas também mentalmente?"

A filosofia "tudo ou nada" de Kehl no BVB

O dirigente deixa claro que sua função exige dedicação total: "Neste trabalho só funciona, na minha opinião, se você faz tudo ou nada. São 100%, são 24/7. Não posso fazer uma semana de quatro dias. Isso não funciona. Acredito que o ambiente ao redor precisa entender e aceitar isso. Não é fácil para todos". Vale lembrar que Kehl recentemente fez declarações públicas direcionadas a Karim Adeyemi e Nico Schlotterbeck.

Como pai de quatro filhos, Kehl busca ser uma referência positiva. Seu objetivo é demonstrar aos filhos a importância de se entregar totalmente aos objetivos, trabalhar com persistência e manter o foco. Segundo ele: "Acredito que é bom para as crianças verem que você pode alcançar algo com isso, que as coisas não caem do céu. E por isso, acredito que meus filhos valorizam muito o que o papai conquistou na vida, tanto como jogador quanto agora nesta função".

Sua rotina consome muito tempo. O lado positivo, segundo o dirigente de 45 anos, é que: "Basicamente, eles sabem que quando o papai não está presente, não é porque está tomando café em algum lugar, mas porque está trabalhando". Sua família já compreendeu essa realidade.

O maior temor de Kehl

O grande receio do diretor esportivo é não estar presente nos momentos cruciais da vida de seus filhos. Ele expõe suas preocupações: "'Pai, um pouco mais de tempo teria sido bom' - espero nunca ter que ouvir isso. 'Você não esteve no meu aniversário'".

Kehl apresenta uma situação concreta: "Se minha filha aos 16 anos tiver um namorado novo e eu descobrir tarde demais, seria ruim". Para evitar esses cenários, aprendeu a estabelecer prioridades em sua carreira e a não se perder no meio das responsabilidades.

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